
Das adivinhações não há mais funda que a dos olhares que se atam sem poder desprender.
Namorados assim o fazem, panteras, aranhas, serpentes, aves, répteis, mamíferos, amantes, amigos, esposos.
O olhar aprisiona-se no mistério do outro. E fala de encontros não verbais, essências, economiza tempo.
Avança ou retrocede milénios na adivinhação do próximo, o que será este olhar? Susto ?
Sustar é paralisar.
Há uma paralisia quando é pressentido. E com razão, nele, encubado o milagre da reprodução.
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